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Ibovespa renova máxima do ano com alívio global; dólar cai

O dólar à vista fechou em baixa ante o real nesta quinta-feira (24), ampliando as perdas da véspera, e o Ibovespa renovou a máxima do ano no dia, à medida que os investidores permanecem em contínua incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos, marcada por ameaças e recuos constantes do presidente Donald Trump.

A moeda norte-americana registrou uma queda de 0,43%, a R$ 5,6933 na venda. Na quarta-feira (23), o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,17%, a R$ 5,7177.

Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, renovou a máxima de fechamento desde setembro de 2024 e se aproximou dos 135 mil pontos durante o dia. O índice subiu 1,79% no pregão, a 134.580,43 pontos, endossado por Wall Street e alívio nas taxas dos DI, além da alta da Vale e Itaú, enquanto Hypera disparou após resultado trimestral e previsão de concluir mais cedo o processo de otimização de capital de giro.
 

Contexto internacional

Os ganhos da moeda brasileira nesta sessão ocorriam na esteira de perdas amplas do dólar no exterior, com a divisa de reserva global recuando ante uma série de seus pares, como o euro, o iene e a libra.

 

Nas últimas sessões, o dólar já vinha perdendo força ante o real com a perspectiva de que o presidente dos EUA, Donald Trump, possa negociar com a China, amenizando o conflito tarifário entre os países. O recuo recente de Trump de seus ataques ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, era outro motivo de alívio para os mercados globais.

Nesta quinta-feira, o otimismo foi intensificado por comentários do diretor do Fed Christopher Waller, avaliando que a disputa tarifária envolvendo os EUA pode elevar o desemprego rapidamente no país e, ao mesmo tempo, suscitar cortes de juros.

Já a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, pediu paciência em relação à política monetária em meio aos altos níveis de incerteza e não descartou mudanças na taxa de juros até junho, caso os dados sugiram a necessidade de ação.

Na véspera, o sentimento entre os agentes financeiros era de alívio, após Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, terem dito na terça que os EUA podiam entrar em negociações comerciais com a China, o que reduziria as altas tarifas impostas sobre o país asiático.

Bessent disse na quarta, por outro lado, que, apesar da situação tarifária com a China ser “insustentável”, não haverá uma redução unilateral das taxas comerciais para provocar o início de negociações.

Já o Ministério do Comércio chinês afirmou nesta quinta que os EUA deveriam suspender todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China se “realmente” quiser resolver a questão comercial.

Em meio ao vai e vem da política tarifária, investidores optavam por vender o dólar e buscar outras moedas neste pregão, movimento que beneficiava o real.

“A China afirmou que só aceitará negociar se todas as tarifas forem retiradas, o que voltou a esfriar o otimismo em torno de um possível acordo. Bessent reforçou que Trump não chegou a propor uma retirada unilateral das tarifas, adicionando incertezas ao cenário”, disse Bruno Botelho, especialista em câmbio da One Investimentos.

“O dólar recua no exterior, refletindo uma leve recuperação das principais moedas globais e alguma demanda por ativos de risco. Essa fraqueza do dólar lá fora contribui para o movimento de queda no câmbio local”, completou.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,36%, a 99,427.

Os agentes financeiros ainda seguem preocupados com os recentes ataques de Trump ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, temendo pela independência do banco central dos EUA.


Cenário doméstico

Na cena doméstica, as atenções dos investidores estarão voltadas a comentários de diretores do Banco Central em uma série de eventos separados ao longo do dia.

Pela manhã, os diretores do BC Renato Gomes, de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, e Gilneu Vivan, de Regulação, apresentarão, em entrevista coletiva, a lista de prioridade regulatórias do autarquia para 2025 e 2026, às 10h.

Mais tarde, será a vez dos diretores Diogo Guillen, de Política Econômica, e Paulo Picchetti, de Assuntos Internacionais, participarem de eventos separados em Washington, às margens das reuniões de primavera do Banco Mundial e do FMI.


Fonte: cnnbrasil

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