Menos de 50% das empresas adotam políticas nesse sentido.
Aos oito anos, o pequeno Rafael Nascimento colocou na porta do quarto dos pais um quadro de madeira com a frase “Proibido Falar de Trabalho”. Apesar da pouca idade, ele já sinalizava a necessidade de relacionamento com o pai, que sempre estava trabalhando e ocupado com os compromissos da multinacional. O pai do menino, o engenheiro Fernando Nascimento, é um dos muitos profissionais que têm dificuldades para conciliar trabalho e família. Mas, o que seria preciso fazer para equilibrá-los?
Um estudo da Escola de Negócios da Universidade de Navarra (IESE), na Espanha, realizado pela primeira vez com 100 empresas brasileiras, sendo 67 de grande porte e 33 médias e pequenas, mostra que nem todas as empresas proporcionam a busca do equilíbrio entre família e trabalho ao profissional. O levantamento foi feito com base no modelo International Family-Responsible Employer Index (Ifrei).
Este índice foi criado pela Universidade para identificar os programas das empresas de conciliação entre trabalho e família. Aplicada desde 2000, em 19 países, a metodologia já avaliou 3,8 mil companhias no mundo todo. O estudo mostra que há diferenças significativas no modo como as empresas grandes e pequenas lidam com a questão. Estas últimas ajudam mais os colaboradores porque há maior proximidade no ambiente de trabalho. Muitas organizações, inclusive, promovem confraternizações para integrar funcionários e familiares.
Para Kátia Mestriner, psicóloga e psicoterapeuta de grupo, as empresas atuais estão investindo muito na qualidade de vida do colaborador e da sua família em busca da alta produtividade. “As empresas perceberam que um funcionário feliz tem maior produtividade, pois esta decorre do sentimento de satisfação e reconhecimento no ambiente de trabalho e, inclusive, da própria família. As organizações descobriram que o ser humano é integral, em qualquer ambiente”, conta.
Como exemplo, ela cita os eventos denominados “open-house”, organizados por grandes empresas que convidam os parentes dos funcionários para conhecerem o ambiente de trabalho, gerando satisfação e maior aproximação entre eles. Mas nem tudo é perfeito. Este mecanismo utilizado pelas empresas ocorre, principalmente, pelo excesso de trabalho que vem sendo requisitado de uma parcela de colaboradores. “Hoje, há menos pessoas para produzir mais, e cada vez melhor”, lembra Kátia. Assim, só com muito esforço dos profissionais é que as empresas poderão alcançar os seus objetivos cada vez mais exigentes.
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