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Estratégia | Limites e cuidados na redução de custos

Reclamar que as coisas não vão bem, pouco adianta ou quase nada. Em momentos de dificuldade, ou crises, como alguns costumam apontar, ficar apenas se lamentando não vai levar a lugar algum. É preciso fazer; aliás, saber fazer. E para saber fazer é preciso, antes, estar preparado. Nestas ocasiões é preciso ação, mas com agilidade. Até porque “quem fica parado é alvo fácil”, como relata um velho ditado. A imobilidade é muito prejudicial para qualquer negócio, particularmente em momentos de turbulência.

Nos tempos atuais, da hiper-competitividade, deve-se manter uma visão estratégica e ampliada dos negócios da empresa, pensando lá na frente, preparando-se muito bem, com planos oficiais e alternativos, para enfrentar e superar os sacrifícios que o momento construir.

A abordagem da empresa deve ser de fora para dentro, ou seja, do mercado para a empresa, sempre tendo como foco os clientes; e não da empresa para o mercado.

Uma empresa precisa ter muito mais “janelas” do que “espelhos”, pois com “janelas” ela pode olhar para fora, ao passo que os “espelhos” limitam sua visão apenas ao interno, a si mesma.

Nos momentos de dificuldade surgem as circunstâncias para o empresário mostrar a que veio. Ele deve, no mínimo, estar disposto a enfrentá-los, mostrando sua competência administrativa e capacidade de liderança. Afinal, administrar uma empresa quando tudo vai bem é fácil e é tarefa para qualquer um; administrar uma empresa quando a situação é completamente reversa é outro caso, completamente diferente.

Para enfrentar as dificuldades, tradicionalmente, a primeira opção que o empresário costuma considerar é o controle dos custos, para, num segundo plano, reduzi-los. Pensa-se da seguinte maneira: “se não estou vendendo, não devo gastar”.

Tal proposta até que tem seus méritos, mas não se sustenta por muito tempo. A compreensão do problema deve ser muito mais aprofundada, mantendo o cuidado para que o processo de redução de custos não seja feito de maneira inadequada, às pressas.

O problema não pode ser apenas ocultado: ele precisa ser resolvido. As ações devem ser efetivas, não apenas figurativas. Do que adianta resolver um problema apenas no curto prazo?

As soluções adotadas precisam de sustentação também para o médio e longo prazos. Elas requerem consistência, conteúdo, e, na grande maioria das vezes, não são tão fáceis de serem implementadas e exigem sacrifícios de todos. Em muitos casos, uma redução que se promove no contexto da empresa, dentro da equação “custo x benefício”, não é tão compensatória, principalmente se tiver relação com clientes e funcionários. Cada ação, ao ser pensada, deve apresentar um benefício.

O foco de qualquer programa de redução de custos e cortes deve concentrar-se nos processos que não agregam valor ao negócio em si, de uma maneira geral e estratégica, e tampouco aos clientes. Isto exige o repensar do negócio como um todo.

Outro item a considerar é que, tão mais importante do que acertar na redução dos custos, deve-se saber trabalhar com as receitas e a lucratividade. Afinal, do que adianta dispor de recursos, se os mesmos são investidos de maneira indevida e não proporcionam retorno aos negócios da empresa?

A empresa precisa dedicar sua atenção para construir estratégias de crescimento, mesmo quando muitos lamentam que o momento é apenas para observação. A mudança do “amarelo” deve ser para o “verde”, não para o “vermelho”. E isto só vai ocorrer se a opção for para estratégias de crescimento, o que exige ousadia e um comportamento empresarial diferente daqueles que apenas falam em dificuldades e crises.

Construir o amanhã de sua empresa depende muito mais do olhar que se tem do ontem e da reação assumida no aqui e agora.

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